Obsolescência Programada: O Impacto do Consumo Desenfreado no Planeta


A obsolescência programada surgiu como um meio para otimizar as vendas em paralelo à massificação da produção, prática que persiste até hoje. Seu princípio é simples: diminuir a vida útil dos produtos para vender mais. Essa estratégia é apoiada por uma intensa publicidade e controle de qualidade duvidoso. A propaganda, derivada do latim "propagare", que significa "difundir", desempenha um papel crucial. Ao espalhar mensagens sedutoras, a propaganda cria uma necessidade inexistente, impulsionando os consumidores a comprar mais.

O consumo desenfreado torna-se sinônimo de status social. Quem nunca quis ter um iPhone ou um carro de luxo? O quanto se gasta reflete diretamente no quão "admirável" alguém é. Marcas como a Samsung, com suas inúmeras linhas e modelos lançados anualmente, exemplificam essa dinâmica. A compra de novos modelos não é apenas uma questão de necessidade, mas de manter um status. Quanto mais opções e exclusividade, melhor para aqueles que querem ostentar.

A publicidade é uma ferramenta poderosa nesse cenário. Ela dissemina a ideia de que "meu produto é a solução" para problemas muitas vezes inexistentes. Produtos comprados impulsivamente acabam sendo deixados de lado, pois logo se percebe que não eram realmente necessários. Lojas online, muitas vezes associadas ao termo "chinesas", vendem produtos baratos e de baixa durabilidade, que são rapidamente descartados.

Esse modelo capitalista promove a diminuição da qualidade dos produtos para aumentar as vendas. Em vez de produzir itens duráveis, a indústria opta por fabricar produtos de menor qualidade, forçando o consumidor a comprar mais frequentemente. Isso contraria o princípio básico da engenharia, que é criar produtos de qualidade superior.

A injustiça desse modelo se duplica quando consideramos os impactos ambientais. Produtos descartados rapidamente geram grandes quantidades de lixo, muitas vezes não reciclável ou biodegradável. O plástico, um material onipresente, pode levar de 400 a 500 anos para se decompor. Desde a criação do primeiro plástico em 1862, os resíduos desse material permanecerão até pelo menos 2262.

Historicamente, a humanidade consumia e cultivava produtos devido à escassez e dificuldade de produção. Com a industrialização, surgiu a necessidade desenfreada de consumo, frequentemente desnecessário. Esse consumo excessivo gera resíduos que acabam sendo despejados em locais impróprios, como rios, ruas e países do terceiro mundo.

É alarmante que 49,1% das pessoas comprem itens não essenciais pelo menos uma vez por mês, financiando e incentivando a obsolescência programada. Esse comportamento, estimulado pelas empresas, não mostra sinais de parar.


Colaboradores: 
Henrique Alves Ribeiro
João Pedro de Toledo Pereira
Matheus Félix da Silva
Miguel Augusto Simões
Murilo Miyazawa Passos 
 
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